Penacova
é uma vila portuguesa no distrito de Coimbra, região Centro e sub-região do
Baixo Mondego, com cerca de 3 200 habitantes.
É sede de um município com 216,73
km² de área1 e 15 251 habitantes (2011),2 3 subdividido em 8 freguesias.4 O
município é limitado a norte pelos municípios de Mortágua e Santa Comba Dão, a
leste por Tábua, a sueste por Arganil, a sul por Vila Nova de Poiares, a oeste
por Coimbra e a noroeste pela Mealhada. O concelho conta com três localidades
com estatuto de vila: Penacova, Lorvão e São Pedro de Alva
As origens de Penacova perdem-se
no tempo, no entanto a raiz pré-romana do seu topónimo – Pen, aponta para a
época da cultura castreja. Por outro lado, a lápide encontrada na sacristia da
Igreja Matriz, datada do século I, testemunha a implantação da romanização e a
ascendência céltica dos seus habitantes.
Acerca da antiguidade desta
“Vila”, na “Memória Histórica Corográfica do Distrito de Coimbra”, lê-se o
seguinte: “Eis ahi uma das povoações mais antigas de Portugal, senão que
da península; dil-o o seu proprio nome, derivado do «Pen» cantabrico, que soa
como «rapes» ou «mons praeruptus» no latim; «pena» no hespanhol e no portuguez
como «penha» ou «monte escarpado»; pois que n´estes taes edificavam os
primeiros habitadores de Hespanha suas povoações acasatelladas. A três grandes
léguas ao NE de Coimbra; sobre uma montanha, cujos pés lava o Mondego, está
situada esta nobre, se bem decrépita villa, patenteando nas ruínas de seus
edifícios, que a sua edade áurea já a encobrem os séculos, que volveram.
O título de «vila» é
nélla muito antigo. Afirma-se que teve castello, e até ainda se pretendem
descriminar os seus fregmentos no escarpado monte, que lhe fica ao sul (onde
hoje vemos a Igreja), que se precepita por forma sobre o rio Mondego, que quai
parece impossível o pecorrer-se o seu declive; e não obstante isso acha-se
povoado de formosas oliveiras.”
No século X, identificava-se
certamente, com Vila Cova referida em documentos do Mosteiro de Louvão, a
propósito de um litígio ocorrido entre os frades e os habitantes do Casteli,
sobre a demarcação de limites territoriais, resolvido em 936.
“Já no século XVIII, Fr.
Manuel da Rocha esclarecia que duas Vilas Covas junto ao Mondego, dos
documentos do sec. X, uma era Penacova, outra lhe ficava na parte meridional.
Dr. Rui de Azevedo renovou o estudo dos documentos. Continuam todavia difíceis
de identificar outros lugares adjacentes.
No ano de 936 foi feita
uma demarcação entre as duas Vilas Covas e Alquinitia.
Fundou-se no fim deste
sec. X, um pequeno mosteiro, de vida efémera, numa daquelas Vilas.
Sob o novo domínio
muçulmano, em 1036, Natalia e a filha Palmela doaram ao mosteiro de Vacariça
uma casa que se encontrava no meio do castelo de Penacova, para ai ser
construída uma igreja em hora dos santos Apóstolos Pedro, Paulo e Tomé.
Na segunda reconquista,
no tempo do Conde D. Henrique e de D. Teresa, ano de 1105, fez-se nova
demarcação entre os homens do castelo de Penacova e o mosteiro laurbanense. No
ano de 1097 o presbítero Pedro tinha aqui comprado uma casa para albergaria dos
pobres, enfermos e peregrinos”.
Conforme se verifica, os
documentos medievais referentes a Penacova mencionam fundamentalmente o seu
castelo que, actualmente, já não existe. Este localizava-se no morro a nascente
da Vila, em posição de grande valor estratégico, a dominar todo o Rio. Tendo
sido levantada entre os séculos IX e X, esta praça-forte desempenhou um
importante papel nas refregas contra os mouros. Sobre essas lutas medievais,
pouco se conhece, no entanto, acredita-se que deva ter sofrido alguns reveses,
pois que a Vila acabaria por ter de ser repovoada por D. Sancho I, que, para o
efeito, lhe atribuiu Foral em 1192, confirmado em 1219 por D. Afonso II.
No foral do Povoador, permite-se
que os cavaleiros e peões façam cubas e casa dentro do castelo. Não obstante,
uma vez que a reconquista avançou para sul, a velha fortaleza perdeu toda a sua
importância estratégica.
D. Manuel deu novo foral à Vila
em 31 de Dezembro de 1513.
Como Penacova era uma bonita e
importante Vila, foi integrada no dote de casamento da infanta D. Maria, filha
de D. Afonso IV, com Fernando de Aragão. Porque enviuvou cedo, quando a infanta
regressou a Portugal deu o senhorio da Vila a um dos homens da sua corte, Nuno
Fernando de Cordovelos. Pela descendência deste fidalgo, foram também
donatários de Penacova os Contes de Odemira e, posteriormente, os Duques de
Cadaval.
Core o advento do século XVII,
chegaram ventos de renovação e de desenvolvimento, A esta era remontam elevação
de Penacova a Concelho (1605), em termos administrativos, e a erecção de
algumas interessantes habitações, no que diz respeito ao enriquecimento o seu
património monumental. Apesar de a segunda metade do século XVIII e os
princípios do XIX terem resu1tado numa época de regressão, as reformas
administrativas de finais de oitocentos, que incorporaram no Concelho freguesia
do termo de Coimbra e de municípios extintos, trouxeram-lhe novo alento.
“A indústria principal
do Concelho é a navegação do Mondego, a que se entrega grande parte dos seus
naturaes, conduzindo do centro da província para Figueira da Foz, ou d’esta
para aquelle, particularmente estes géneros: - sal, milho, vinho, azeite,
lenha, além doutros effeitos. Mas os moradores de Louvão, homens, mulheres e
creanças são talvez o povo único do paiz, que se dedica á pequena industria do
fabrico dos palitos e á sua exportações para as diversas cidades do reino,
donde passam mesmo aos mercados extranhos”. (cf. “Memorias
Histórica-Corográfica do distrito de Coimbra”)
Brasão: escudo de prata, roda de nora de negro, com alcatruzes de
vermelho e dois pinheiros arrancados de verde, frutados de ouro, tudo alinhado
em roquete; campanha de três tiras ondadas de azul e prata, esta carregada de
uma lampreia de negro, realçada de ouro, lampassada e animada de vermelho.
Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro:
«FREGUESIA de PENACOVA».
Bandeira: azul. Cordão e borlas de prata e azul. Haste e lança de
ouro.
Selo: nos termos da Lei, com a legenda: «Junta de Freguesia de
Penacova».
O topónimo "Penacova"
deriva da aglutinação dos elementos "Pen" - vocábulo cantábrico que
originou a palavra portuguesa penha (monte, rochedo) - e "Cova", que
deriva do facto da eminência rochosa se erguer de um vale profundo. A
explicação popular atribui o nome da vila à existência de muitos corvos na
Penha dos Corvos evocando para justificação os dois corvos que figuram no
brasão de armas da vila.
(1605) elevação de Penacova a
Concelho
No século X, identificava-se
certamente, com Vila Cova
Já no século XVIII, Fr. Manuel da
Rocha esclarecia que duas Vilas Covas junto ao Mondego, dos documentos do sec.
X, uma era Penacova.
No ano de 936 foi feita uma
demarcação entre as duas Vilas Covas e Alquinitia
Na segunda reconquista, ano de
1105, fez-se nova demarcação entre os homens do castelo de Penacova e o
mosteiro laurbanense
No ano de 1097 o presbítero Pedro
tinha aqui comprado uma casa para albergaria dos pobres, enfermos e
peregrinos”.
D. Sancho I, atribuiu Foral em
1192 a Penacova
D. Afonso II confirma o Foral em
1219
D. Manuel deu novo foral à Vila
em 31 de Dezembro de 1513
Turismo:
O artesanato das paliteiras e das
barcas serranas, o folclore, a musealização dos sítios e o rico património
construído completam factores para um turismo cultural de qualidade, afirmando
a Freguesia de Penacova como um vértice do consagrado triângulo turístico
Coimbra, Penacova-Lorvão, Luso-Buçaco.
Penacova está envolta numa rara
beleza paisagística, onde se conjugam montanha, biodiversidade e os vales onde
serpenteiam os rios Mondego e Alva, proporcionando um panorama deslumbrante ao
longo do Vale do Mondego.
Para os mais afoitos, que
prefiram participar bem de perto desta beleza, o concelho tem as condições
privilegiadas para a prática dos desportos de natureza.
Estas actividades radicais,
essencialmente promovidas por empresas prestadoras destes serviços, têm aqui
todas as potencialidades. Nestas actividades destacam-se a canoagem (descida do
rio Mondego entre Penacova e Coimbra), slide, rappel, paintball, escalada, BTT
e os passeios pedestres.
Em vários locais pode ainda
desfrutar de zonas para a pesca desportiva, quer ao nível da competição quer ao
nível do lazer.
A gastronomia é rica, as
paisagens são magníficas e há vários serviços para oferecer. A qualidade de
vida, o bem-estar da população e o turismo são o centro das atenções da
freguesia.
Do "alto" de Penacova,
junto ao miradouro Pérgola Raúl Lino, os olhos perdem de vista o
"serpentear" do Mondego. A ligação da vila ao rio é, e sempre foi,
umbilical. "Oferece" a (magnífica) paisagem, parte da gastronomia e,
em tempos, foi o elo de ligação primordial a Coimbra.
Nos últimos anos, Penacova
cresceu. Hoje, apresenta serviços, é um pólo turístico atractivo e oferece as
mais diversas infra-estruturas para o bem-estar da população.
Penacova "apresenta"
dois parques de campismo, uma praia fluvial, paisagens de rara beleza e
"uma gastronomia óptima, potencializada por inúmeros restaurantes e casas
de pasto de excelência".
Muitos são os pontos de interesse
que representam marcos de um passado repleto de historia e sabedoria.
É preciso chegar as aberturas e
miradouros para achar a razão de ser da fama de Penacova, que é o seu admirável
panorama de águas, pinho e penedia» e disse mais que «Penacova é luz e penedia,
com o quer que é de pirenaico trazido as proporções da ternura e da rusticidade
portuguesa» Vitorino
Nemésio
Fonte: Adaptado de http://www.freguesiadepenacova.pt/
Mais fotos de Penacova, AQUI
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