quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Freguesia de Penacova



Penacova é uma vila portuguesa no distrito de Coimbra, região Centro e sub-região do Baixo Mondego, com cerca de 3 200 habitantes.
É sede de um município com 216,73 km² de área1 e 15 251 habitantes (2011),2 3 subdividido em 8 freguesias.4 O município é limitado a norte pelos municípios de Mortágua e Santa Comba Dão, a leste por Tábua, a sueste por Arganil, a sul por Vila Nova de Poiares, a oeste por Coimbra e a noroeste pela Mealhada. O concelho conta com três localidades com estatuto de vila: Penacova, Lorvão e São Pedro de Alva

As origens de Penacova perdem-se no tempo, no entanto a raiz pré-romana do seu topónimo – Pen, aponta para a época da cultura castreja. Por outro lado, a lápide encontrada na sacristia da Igreja Matriz, datada do século I, testemunha a implantação da romanização e a ascendência céltica dos seus habitantes.
Acerca da antiguidade desta “Vila”, na “Memória Histórica Corográfica do Distrito de Coimbra”, lê-se o seguinte: “Eis ahi uma das povoações mais antigas de Portugal, senão que da península; dil-o o seu proprio nome, derivado do «Pen» cantabrico, que soa como «rapes» ou «mons praeruptus» no latim; «pena» no hespanhol e no portuguez como «penha» ou «monte escarpado»; pois que n´estes taes edificavam os primeiros habitadores de Hespanha suas povoações acasatelladas. A três grandes léguas ao NE de Coimbra; sobre uma montanha, cujos pés lava o Mondego, está situada esta nobre, se bem decrépita villa, patenteando nas ruínas de seus edifícios, que a sua edade áurea já a encobrem os séculos, que volveram.
O título de «vila» é nélla muito antigo. Afirma-se que teve castello, e até ainda se pretendem descriminar os seus fregmentos no escarpado monte, que lhe fica ao sul (onde hoje vemos a Igreja), que se precepita por forma sobre o rio Mondego, que quai parece impossível o pecorrer-se o seu declive; e não obstante isso acha-se povoado de formosas oliveiras.”
No século X, identificava-se certamente, com Vila Cova referida em documentos do Mosteiro de Louvão, a propósito de um litígio ocorrido entre os frades e os habitantes do Casteli, sobre a demarcação de limites territoriais, resolvido em 936.
Já no século XVIII, Fr. Manuel da Rocha esclarecia que duas Vilas Covas junto ao Mondego, dos documentos do sec. X, uma era Penacova, outra lhe ficava na parte meridional. Dr. Rui de Azevedo renovou o estudo dos documentos. Continuam todavia difíceis de identificar outros lugares adjacentes.
No ano de 936 foi feita uma demarcação entre as duas Vilas Covas e Alquinitia.
Fundou-se no fim deste sec. X, um pequeno mosteiro, de vida efémera, numa daquelas Vilas.
Sob o novo domínio muçulmano, em 1036, Natalia e a filha Palmela doaram ao mosteiro de Vacariça uma casa que se encontrava no meio do castelo de Penacova, para ai ser construída uma igreja em hora dos santos Apóstolos Pedro, Paulo e Tomé.
Na segunda reconquista, no tempo do Conde D. Henrique e de D. Teresa, ano de 1105, fez-se nova demarcação entre os homens do castelo de Penacova e o mosteiro laurbanense. No ano de 1097 o presbítero Pedro tinha aqui comprado uma casa para albergaria dos pobres, enfermos e peregrinos”.
Conforme se verifica, os documentos medievais referentes a Penacova mencionam fundamentalmente o seu castelo que, actualmente, já não existe. Este localizava-se no morro a nascente da Vila, em posição de grande valor estratégico, a dominar todo o Rio. Tendo sido levantada entre os séculos IX e X, esta praça-forte desempenhou um importante papel nas refregas contra os mouros. Sobre essas lutas medievais, pouco se conhece, no entanto, acredita-se que deva ter sofrido alguns reveses, pois que a Vila acabaria por ter de ser repovoada por D. Sancho I, que, para o efeito, lhe atribuiu Foral em 1192, confirmado em 1219 por D. Afonso II.
No foral do Povoador, permite-se que os cavaleiros e peões façam cubas e casa dentro do castelo. Não obstante, uma vez que a reconquista avançou para sul, a velha fortaleza perdeu toda a sua importância estratégica.
D. Manuel deu novo foral à Vila em 31 de Dezembro de 1513.
Como Penacova era uma bonita e importante Vila, foi integrada no dote de casamento da infanta D. Maria, filha de D. Afonso IV, com Fernando de Aragão. Porque enviuvou cedo, quando a infanta regressou a Portugal deu o senhorio da Vila a um dos homens da sua corte, Nuno Fernando de Cordovelos. Pela descendência deste fidalgo, foram também donatários de Penacova os Contes de Odemira e, posteriormente, os Duques de Cadaval.
Core o advento do século XVII, chegaram ventos de renovação e de desenvolvimento, A esta era remontam elevação de Penacova a Concelho (1605), em termos administrativos, e a erecção de algumas interessantes habitações, no que diz respeito ao enriquecimento o seu património monumental. Apesar de a segunda metade do século XVIII e os princípios do XIX terem resu1tado numa época de regressão, as reformas administrativas de finais de oitocentos, que incorporaram no Concelho freguesia do termo de Coimbra e de municípios extintos, trouxeram-lhe novo alento.
A indústria principal do Concelho é a navegação do Mondego, a que se entrega grande parte dos seus naturaes, conduzindo do centro da província para Figueira da Foz, ou d’esta para aquelle, particularmente estes géneros: - sal, milho, vinho, azeite, lenha, além doutros effeitos. Mas os moradores de Louvão, homens, mulheres e creanças são talvez o povo único do paiz, que se dedica á pequena industria do fabrico dos palitos e á sua exportações para as diversas cidades do reino, donde passam mesmo aos mercados extranhos”. (cf. “Memorias Histórica-Corográfica do distrito de Coimbra”)


Brasão: escudo de prata, roda de nora de negro, com alcatruzes de vermelho e dois pinheiros arrancados de verde, frutados de ouro, tudo alinhado em roquete; campanha de três tiras ondadas de azul e prata, esta carregada de uma lampreia de negro, realçada de ouro, lampassada e animada de vermelho. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: «FREGUESIA de PENACOVA».
Bandeira: azul. Cordão e borlas de prata e azul. Haste e lança de ouro.
Selo: nos termos da Lei, com a legenda: «Junta de Freguesia de Penacova».
O topónimo "Penacova" deriva da aglutinação dos elementos "Pen" - vocábulo cantábrico que originou a palavra portuguesa penha (monte, rochedo) - e "Cova", que deriva do facto da eminência rochosa se erguer de um vale profundo. A explicação popular atribui o nome da vila à existência de muitos corvos na Penha dos Corvos evocando para justificação os dois corvos que figuram no brasão de armas da vila.

(1605) elevação de Penacova a Concelho
No século X, identificava-se certamente, com Vila Cova
Já no século XVIII, Fr. Manuel da Rocha esclarecia que duas Vilas Covas junto ao Mondego, dos documentos do sec. X, uma era Penacova.
No ano de 936 foi feita uma demarcação entre as duas Vilas Covas e Alquinitia
Na segunda reconquista, ano de 1105, fez-se nova demarcação entre os homens do castelo de Penacova e o mosteiro laurbanense
No ano de 1097 o presbítero Pedro tinha aqui comprado uma casa para albergaria dos pobres, enfermos e peregrinos”.
D. Sancho I, atribuiu Foral em 1192 a Penacova
D. Afonso II confirma o Foral em 1219
D. Manuel deu novo foral à Vila em 31 de Dezembro de 1513


Turismo:
O artesanato das paliteiras e das barcas serranas, o folclore, a musealização dos sítios e o rico património construído completam factores para um turismo cultural de qualidade, afirmando a Freguesia de Penacova como um vértice do consagrado triângulo turístico Coimbra, Penacova-Lorvão, Luso-Buçaco.
Penacova está envolta numa rara beleza paisagística, onde se conjugam montanha, biodiversidade e os vales onde serpenteiam os rios Mondego e Alva, proporcionando um panorama deslumbrante ao longo do Vale do Mondego.
Para os mais afoitos, que prefiram participar bem de perto desta beleza, o concelho tem as condições privilegiadas para a prática dos desportos de natureza.
Estas actividades radicais, essencialmente promovidas por empresas prestadoras destes serviços, têm aqui todas as potencialidades. Nestas actividades destacam-se a canoagem (descida do rio Mondego entre Penacova e Coimbra), slide, rappel, paintball, escalada, BTT e os passeios pedestres.
Em vários locais pode ainda desfrutar de zonas para a pesca desportiva, quer ao nível da competição quer ao nível do lazer.
A gastronomia é rica, as paisagens são magníficas e há vários serviços para oferecer. A qualidade de vida, o bem-estar da população e o turismo são o centro das atenções da freguesia.
Do "alto" de Penacova, junto ao miradouro Pérgola Raúl Lino, os olhos perdem de vista o "serpentear" do Mondego. A ligação da vila ao rio é, e sempre foi, umbilical. "Oferece" a (magnífica) paisagem, parte da gastronomia e, em tempos, foi o elo de ligação primordial a Coimbra.
Nos últimos anos, Penacova cresceu. Hoje, apresenta serviços, é um pólo turístico atractivo e oferece as mais diversas infra-estruturas para o bem-estar da população.
Penacova "apresenta" dois parques de campismo, uma praia fluvial, paisagens de rara beleza e "uma gastronomia óptima, potencializada por inúmeros restaurantes e casas de pasto de excelência".
Muitos são os pontos de interesse que representam marcos de um passado repleto de historia e sabedoria.

É preciso chegar as aberturas e miradouros para achar a razão de ser da fama de Penacova, que é o seu admirável panorama de águas, pinho e penedia» e disse mais que «Penacova é luz e penedia, com o quer que é de pirenaico trazido as proporções da ternura e da rusticidade portuguesa»                                     Vitorino Nemésio
 Fonte: Adaptado de  http://www.freguesiadepenacova.pt/

Mais fotos de Penacova, AQUI

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